quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Resenha: Coffeehouse Angel - Suzanne Selfors


Para mim, todo livro que é indicação de alguém – amigo, mãe, primo, ou qualquer um que eu saiba que tem um bom gosto para livros – merece atenção especial. É ainda melhor quando a pessoa realmente acerta e lhe apresenta um livro muito bom. E por isso eu agradeço eternamente pelos trilhões de livros que a Stefany Ferreira me indicou e dos quais 80% foram incríveis, e nesses 80% está incluído Coffeehouse Angel.



Coffeehouse Angel, por Suzanne Selfors
Editora Walker & Company
288 páginas
Minha Nota: 5

O que você faria se em um dia você acordasse e no beco ao lado do seu apartamento tivesse um mendigo dormindo? Alguns iriam ignorar, outros provavelmente expulsaria ele de lá, mas poucos fariam a caridade de dar comida para ele. E é exatamente isso que Katarina fez. Ela acorda e vê um cara, um mendigo provavelmente, dormindo no beco ao lado do apartamento/café em que ela e sua avó moram/trabalham. Ela pega alguns bolinhos do dia anterior, faz um copo de café e pega um saquinho de chocolate com grãos de café e deixa ali, junto ao mendigo.

Só que o tal mendigo a encontra e insiste dizendo que é um anjo e que as leis que segue diz que se um humano faz um ato de bondade do fundo de seu coração, sem motivos mais, ele tem que recompensar com o maior desejo dessa pessoa. Só que Katarina não quer ser recompensada, ela apenas deixou um pouco de comida para um mendigo. Mas Malcolm não irá desistir tão fácil, enquanto Katarina não lhe dizer o seu maior desejo, no fundo de seu coração, ele não vai largar do seu pé.

Além desse cara louco, vestindo um kilt – aquelas saias escocesas para homens – e que se dizia ser um louco, Katarina tinha outros problemas para lidar... O café de sua avó, que era seu sustento desde sempre, está falindo após a chegada de um concorrente com café orgânico ao lado da sua loja e a cada dia está mais difícil fechar as contas. Todo o futuro que Katarina planejava era trabalhar no café com sua avó, principalmente que, na sua opinião, ela não tem nenhum dom para qualquer coisa além de cuidar do antigo café.

Katarina foi uma grande personagem em minha opinião. Por mais que estava claro para todos nós – e para a própria avó dela – ela não desistia do café, e ela tinha razão, afinal, toda a sua vida após a morte de seus pais tinha sido a sua avó e o café que era o único sustento da família. Também gostei bastante de Malcolm, principalmente após ter lido todo o livro e descoberto um monte de coisa sobre ele, sobre o seu trabalho e também sobre a coisa do desejo. Cadê um anjo desses na minha vida, meu Deus??

Também gostei de Vincent e Elizabeth, os dois melhores amigos de Katarina. Apesar de achar que Vincent em certos momentos um cara muito idiota. Também não deixarei de fora a personagem que deveria ser a protagonista desse livro, Caçadora de Ratos, a gata que mora na cafeteria. Ela é o personagem mais foda, mais fofa e mais linda que tem. E isso não é só porque eu amo gatos... Okay, pode ser um pouco.

Esse livro é ultra meigo. Anjos é um tema que aos poucos está ganhando grande repercussão entre os livros infanto-juvenil.  Coffeehouse Angel foi um livro que estava a muito tempos na minha lista para ler, mas eu sempre tinha preguiça de abrir o ebook e começar a ler. Mas quando eu o peguei para ler, eu adorei.

A historia não é nada convencional, nada daquelas coisas que vemos nos livros sobrenaturais que enchem as prateleiras das livrarias atualmente. Suzzanne Selfors apenas usou o tema de anjos numa historia extraordinária. O livro não é focado em romance, e sim em valores, como lembrei logo na introdução... Quantas pessoas dariam comida a um sem-teto?

Selfors soube muito bem montar uma boa historia e bem escrita, o que eu fico tão triste de assumir, mas hoje é em dia é raro. Como o livro é pequeno, eu o li bem rápido, e dependendo do livro, quanto mais rápido você ler ele, melhor ele parece ser (só que essa regra não vale para todo livro, ela há exceções...).

O que eu mais gostei nesse livro, sem duvida alguma foi a Caçadora de Ratos! Ela é uma graça, eu adoraria ter ela como bicho de estimação – mas mesmo assim, não trocaria meu Jack Tequila por nada. Eu mesma viraria fã dela se ela existisse...

Infelizmente, eu não tenho nenhuma noticia se esse livro vai sair no Brasil ainda, mas se sair, eu não vou deixar de comprar um exemplar.

Sem duvida alguma, se você precisa de indicação para um livro bom, leia Coffeehouse Angel. Livros bons não merecem ser ignorados.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Li até 100 e... - Between Here and Forever



Li até 100 e... é um meme criado pelo blog Eu leio, eu conto que eu estou adotando aqui no Declarações de Inverno.

Between Here and Forever, por Elizabeth Scott

Primeira frase da pagina 100: Beth se vai, escapando enquanto as enfermeiras estão olhando para Tess e todos nós estamos esperando do lado de fora.

Do que se trata o livro? Abby tem uma irmã mais velha, Tess, que entra em coma após um acidente. Tess sempre comandou a vida de Abby, por ser muito mais popular que ela, e por todos sempre lembrarem dela como a irmãzinha de Tess, mas agora Tess está em coma e Abby quer que ela acorde para que tudo volte a ser como era antes e sua vida não seja mais em prol de Tess.

O que está achando até agora? Como sempre, eu amo os livros da Elizabeth e esse não está me decepcionando. Adoro a Abby, o quão dedicada ela está sendo para tentar acordar Tess, mesmo não gostando da irmã 24h por dia.

O que está achando da protagonista? Eu gosto muito de Abby, ela é muito engraçada, mas as vezes é muito infantil para uma garota de 17 anos, agindo como uma de 14. Ela é muito cega, não percebendo coisas que são obvias e também por achar que ela não merece ser feliz, que felicidade é uma coisa só da Tess. Mas mesmo assim admiro o quanto ela não quer desistir da irmã e isso é uma coisa muito bonita, mesmo tendo uma irmã tão mesquinha como Tess é.

Melhor quote até agora: “Por que às vezes, tens que romper o seu próprio coração.”

Vai continuar lendo? Claro. Já cheguei até aqui e não consigo mais parar.

Ultima frase da página: Tenho certeza que a Tess irá acordar agora, e claro que você pode voltar e vê-la porque eu sei que você quer, mas por agora...

Livros que (sempre) vale a pena ler de novo


Se tem uma coisa que é quase sagrada para mim é reler livros. Em janeiro eu tenho quase que uma mania, uma coisa sagrada para mim, que é reler livros. Tenho aquela pequena lista de livros que eu sempre leio nessa época do ano. Vou falar de algum deles para vocês.

A Hospedeira, por Stephenie Meyer

Essa é uma autora um tanto polemica. Alguns amam e outros odeiam. Ela é principalmente odiada por Crepúsculo. Eu até gosto da serie, mas não sou mais tão louca por ela. Mas se tem um livro que eu achei incrível dessa autora é A Hospedeira. Esse livro está entre os primeiros da minha coleção, o comprei a 3 anos e eu o leio sempre em janeiro.

A historia é uma mistura de romance com distopia. Peregrina é uma Alma. Uma espécie alienígena que invadiu e possuiu a Terra, dominando o corpo de todos os habitantes do planeta. Peregrina está no corpo da humana Melanie, uma humana que fazia parte dos poucos que resistiram a invasão. Logo após ser inserida no corpo de Melanie, Peregrina ouve a voz dela em sua cabeça, o que não é normal, não é normal os hospedeiros permanecerem depois de uma Alma ser inserida em seu corpo. Com o tempo, isso só piora, Peregrina tem sonhos com as memórias de Melanie, e as vezes sua voz fala com ela. Melanie também barra algumas informações em sua mente, o que deixa Peregrina ainda mais aflita.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Resenha: Starcrossed - Josephine Angelini


Amo livros que falam sobre mitologia e também amo romances, e foi a mistura desses dois fatores que me levaram a ler Starcrossed (no Brasil Predestinados, lançado pela Intrínseca) da Josephine Angelini, além, é claro, dessa capa magnífica.

Starcrossed, por Josephine Angelini
Editora HarperTeen
496 páginas
Minha Nota: 2,5

Helen é uma garota quase normal. Ela sempre se sentiu diferente e nunca gostou de ser alvo das atenções, chegando a ser atacada por fortes cólicas em publico. Mas agora esse sentimento de que ela é diferente está aumentando, principalmente com a chegada dos incríveis Delos.

Os Delos é uma família que acabou de se mudar da Espanha para a pequena ilha de Nantucket, que é onde Helen vive desde que nasceu, e logo impressiona os moradores locais, com sua beleza e também sua riqueza.

Mas o que ninguém esperava, era que assim que Helen visse Lucas Delos, ela quisesse matá-lo imediatamente. E quase o faz, se Lucas e seus primos não tivessem habilidades de lutas tão incríveis. Além da chegada dos Delos e também com a vontade inexplicável que Helen tem de matá-los – não só a Lucas, mas a qualquer um da família – Helen anda tendo sonhos onde ela está andando por uma terra inabitada e seca, onde ela sente coisas muito reais e ao acordar, seus pés e o lençol estão sujos com terra, o que a faz questionar se está ficando louca.

Como se não bastasse, Helen é atacada duas vezes por duas mulheres que não conhece, deixando a garota ainda mais confusa. Na segunda vez, Helen sai correndo, mas está sendo vigiada de perto pela família Delos, que vão atrás dela. E dão a ela a noticia: Helen é uma descendente. Ela descende de algum dos 4 Deuses Gregos que deixaram descendência após a Guerra de Tróia: Poseidon, Zeus, Afrodite ou Apolo, mas que ela é uma surpresa para todos eles, pois todas as 3 casas menos a de Apolo fora extinta anos atrás.

Agora, além de Helen ter certeza de que é estranha, também quer saber de Casa é, porque a sua mãe a escondeu todos aqueles anos e abandonou seu pai, qual o significado de seus sonhos e tem que saber se proteger, pois se alguém saber de sua existência, será morte na certa.

Ok, mil desculpas pelo grande resumo do livro, mas é impossível não sair uma coisa grande como essa, pois é muito detalhes que são essenciais nessa historia. É um livro que recebeu uma grande influencia do livro A Iliada, de Homero. Em todo o livro você percebe que Josephine usou a historia sobre Helena de Tróia como uma base para o seu romance.

Na sinopse oficial desse livro, há uma frase que diz que ele é “a feliz combinação de mitologia grega e romance faz com que o livro seja imediatamente comparado a Crepúsculo e Percy Jackson e os olimpianos”, e eu o descrevo totalmente desse jeito. Dei nota 2,5 para esse livro pois não foi de todo ruim, achei muito interessante a historia que Josephine armou, mas o livro não me prendeu e nem me fez morrer de ansiedade pelo próximo capitulo. O livro melhora muito no final, mas até umas 70 páginas antes do fim, ele é mais focado no romance travado de Helen e Lucas.

Toda a parte mitológica do livro é bem construída, o porque de as 3 casas foram destruída – ou pensaram que foram destruídas –, os significados dos sonhos de Helen e muito mais. Quem já leu Percy Jackson está acostumado com a mitologia que aparece aqui, que é bem parecida com a da obra de Rick Riordan.

Para quem curte um romance bem água com açúcar, com um toque de romance, vai gostar de Starcrossed. Eu sei que estou louca para ler a sequência, mesmo não tendo curtindo tanto o primeiro livro, mas a autora sobre como fisgar a atenção até do leitor que não gostou tanto da historia. Agora estou louca para ter Dreamless em mãos para poder saber se a historia melhora ou não, ou pelo menos saber o que vai acontecer com um ou outro personagem.


Capa brasileira / 2ª capa americana


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Homenagem do dia das crianças


Quando eu tinha 7 anos eu ingressei na 1ª serie, atual 2º ano, já sabia ler e escrever, bom o suficiente para uma criança daquela idade. Lembro que minha mãe me levou para a biblioteca municipal, que funcionava em frente a minha escola e fez uma ficha em meu nome. Não irei dizer que abracei os livros na mesma hora e que logo naquela tenra idade virei uma bookaholic. Na verdade, foi ao contrario.

Eu tomei foi é raiva. Minha mãe havia me obrigado a criar a ficha e toda semana ia lá comigo para trocar livros. Só que eu não queria, eu não gostava muito de ler. Que criança de 7 anos gosta de ficar com a cara nos livros? São pouquíssimas e eu não era exceção. Por pura raiva, eu até ia lá na biblioteca, mas pegava só gibis da Turma da Monica. Minha mãe ficava com raiva – claro, ela queria que eu levasse livros não quadrinhos – mas não tinha como me impedir.

E foi assim por um tempo, até que eu tinha lido todos os gibis da biblioteca. Então eu não tive outra escolha senão levar livros. Tentei ler Monteiro Lobato milhares de vezes, mas era um livro grande demais para mim na época, e os abandonei muitas vezes (ainda não os peguei novamente para ler, mas quem sabe agora que eu cresci eu leia?). Eu não era uma leitora freqüente, mas pelo menos minha mãe tentava me fazer gostar de ler.

Também tive uma época, anos mais tarde, em que eu me viciei em Pedro Bandeira. Eu amo ele até hoje, mas naquela época eu ia na prateleira em que tinha as obras dele e só escolhia livros dele. Li A Droga da Obediência e A Droga do Amor – que na época eu não sabia que fazia parte da serie Os Karas, qual que eu completei muitos anos depois. Um dos livros que mais marcaram a minha infância foi desse autor, O Primeiro Amor de Laurinha e O Mistério da Fabrica de Livros.

Se tem uma coisa que eu sempre vou me lembrar da minha infância, foi quando eu estava na escolinha. Todos nós não sabíamos ler ainda, mas queríamos saber. E quando um de nossos coleguinhas aprendeu a ler antes de todo mundo, eu senti tanto ciúmes. Eu queria aprender a ler, queria ler os meus livros por mim própria. Não fui a segunda nem a terceira a aprender a ler naquela turma, mas quando aprendi a ler foi uma das maiores felicidades da minha vida.

Escrevendo esse texto me veio varias lembranças da minha infância. Me lembro também de que aos 6 anos, a escolinha nos levou para a biblioteca – a mesma que um ano depois minha mãe me fez criar uma ficha – e chegando lá eu só li, li tantos livros possíveis, enquanto os outros coleguinhas conversavam e brincavam e poucos liam. Ao voltarmos para a escola, o próprio pessoal da biblioteca ligou para escolinha elogiar a menininha de trancinha, que era eu, afinal, ela foi lá para a biblioteca para fazer o que uma biblioteca é reservada para, para ler.

Talvez não seja fácil fazer uma criança gostar de ler, mas não desista. Apresente a elas historias, leia para elas enquanto não sabem ler, leia conto de fadas, historias diferentes, historias mais fantásticas, compre livros para elas, isso é um bom começo. O mundo precisa de mais leitores antes de qualquer coisa.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Review: California 37 - Train


Ok, eu nunca falei de músicas por aqui, mas eu acho que nunca é tarde demais. As vezes quando eu quero uma coisa, eu fico pensando nisso o tempo todo e quando tenho a oportunidade não a perco, foi o que aconteceu quando eu viajei no feriado. A única coisa que eu pensava era em comprar o CD do Train, California 37, principalmente porque aqui na minha cidade, os preços são muito altos comparados aos da capital do estado, Belo Horizonte. E acho que essa tática de pensar positivo funcionou, voltei para casa toda feliz e ansiosa para ouvir meu mais novo CD.

Digamos que Train realmente não me decepcionou, ouvi o CD 3 vezes no primeiro dia, e já estava aprendendo a cantar as músicas. São 11 musicas ao todo num ritmo de rock alternativo e um pouco de country também.

A primeira música se chama This’ll Be My Year e com o tempo se tornou uma das minhas preferidas, ela conta uma historia através dos anos, citando alguns fatos que todo mundo reconhece que passara no ano. Drive By é a segunda faixa do CD e foi o primeiro single, assumo que ouvir essa musica foi o que me impulsionou a escolher California 37. A faixa número 3, Feels Good at First foi o segundo single – mesmo sem vídeo. É uma das musicas mais calminha do CD. Está entre as faixas mais meigas do CD.

Na 4ª música, temos a participação de Ashley Monroe. Talvez por causa da participação especial, Bruises está entre as musicas que eu não gostei muito. A 5ª é a minha musica preferida, 50 Ways To Say Goodbye, ela tem a melodia de um drama mexicano e a sua letra me faz rir demais, falando sobre um cara que foi chutado e que para não dizer que levou o fora, arruma formas de dizer que a ex morreu. O clipe da musica também é muito divertido, combinando muito com a musica. You Can Finally Meet My Mom é outra das musicas mais meigas do CD, junto com Sing Together, as 6ª e 7ª músicas do álbum.


Mermaid e California 37 (8ª e 9ª músicas) formam juntas as minhas duas musicas prediletas de todo CD, são as duas musicas mais agitadinhas. California 37 fazem muita alusão a atual fase da banda e também ao CD anterior, Save Me, San Francisco. As duas ultimas músicas são We Were Made For This e When The Fog Rolls In¸ elas também não estão entre as minhas preferidas, são as mais lentas do CD, mas conseguem terminar o álbum em grande estilo.

Eu realmente estou apaixonada por esse CD e vai demorar muito antes de enjoar e trocar ele da reprodução. Para você que curtiu o grande hit deles, Hey Soul Sister, que tal conhecer um pouco mais da banda, com esse novo CD?

sábado, 6 de outubro de 2012

Resenha: Deslembrança - Cat Patrick


Você conseguiria levar uma vida normal sem ter nenhuma lembrança da tua vida? Você conseguiria levar uma vida normal só com bilhetes sobre o seu dia? Você conseguiria levar uma vida normal só com lembranças do que ainda vai acontecer? Essa é a idéia matriz do livro Deslembrança, da autora Cat Patrick.


Deslembrança, por Cat Patrick
Editora Intrínseca
256 páginas
Minha Nota: 2

London Lane é uma adolescente quase normal. Vai para a escola todo dia, tem uma melhor amiga meio exagerada e não vive sem celular. Além, é claro, de não ter lembranças alguma do passado. Seu cérebro rebobina sempre as 4:33 e as únicas coisas que ela sabe sobre o dia anterior é o que ela anota numa folha de papel antes de dormir. Todas as lembranças que ela tem vem do futuro, e ela se lembra da cena até que ela aconteça e aí, ela a esquecerá para sempre.

Mas um dia ela conhece um garoto novo na escola, Luke Henry, que não fora citado em seus bilhetes, em uma simulação de incêndio. Ela vestindo uma blusa emprestada e realmente constrangedora e um shortinho que se esconde debaixo da camiseta.  Ele empresta-lhe a jaqueta que vestia e ela acaba levando-a para casa. Só que London omite de seus bilhetes o dono da camiseta, e continua a não ter lembranças desse garoto.

Além disso, ela começa a ter sonhos, lembranças de um enterro, mas ela não sabe quem era o morto. E a cada dia, o mistério desse enterro a perturba mais e mais.

Eu me lembro do que ainda vai acontecer.
 Lembro o futuro, mas esqueço o que já passou.
 Todas as minhas lembranças, boas, ruins ou tanto faz um dia vão se concretizar.
 Então, goste ou não – e eu não gosto –, vou continuar me lembrando de estar em pé num gramado recém-aparado, rodeada por pedras e pessoas vestidas de preto, até que isso se torne realidade. Vou me lembrar desse funeral... até que alguém morra.


Eu gostei muito da London. Ela não é uma daquelas personagens “mimimi” que só sabem reclamar, e age muito bem com sua situação, principalmente porque ela tem esse problema na memória desde os 7 anos de idade. Eu também curti muito o Luke, sendo ele o meu personagem preferido. Mas eu não entendi o porque de ele não aparecer nas “lembranças” da London. A Cat realmente não explicou esse ponto da historia.

Eu, sinceramente, gostei desse livro. É um daqueles livros ótimos para se ler num dia de tédio, só para distrair, com um romancinho simples e uma historia até que com uma ótima idéia. Ver o futuro não é uma idéia inovadora, mas esquecer o passado e apenas lembrar do futuro é algo inédito. Cat Patrick tinha tudo para fazer um livro maravilhoso, dois personagens ótimos, com personalidades próprias, um mistério envolvendo o passado e o porque do dom de London, mas ela simplesmente não soube usar as cartas que tinha em mãos. Foi como se ela tivesse a idéia inicial, mas não sabia como chegar num bom final. E realmente não ficou tão bom quanto parecia que seria.

Mas apesar de tudo, eu acho que a explicação desse problema da London foi bem feito. Não direi aqui qual é, porque é um spoiler muito grande, mas quem leu, eu acho que concorda comigo.

Apesar de tudo, a Intrínseca como sempre fez um trabalho incrível com o livro. A capa não deixou a desejar e a tradução também foi muito boa. Eu acho que esse livro pode entrar para aqueles que a gente compra pela capa – mas eu já tinha lido a sinopse, então não vou dizer que eu o comprei pela capa.

Se você quiser ler o livro, leia, não é ruim de todo – mesmo com a nota péssima que eu dei. E eu sei que há quem gostou do livro, também há resenhas muito positivas por aí. Leia-o e me diga o que achou.

 USA / Australia